A professora aposentada Odete das Chagas Penafort, de 74 anos de idade, foi encontrada morta, na tarde desta quinta-feira (20), dentro de sua própria residência, localizada na avenida Ana Nery, no bairro Laguinho, região Central de Macapá.
A advogada Fabíola Penafort, sobrinha da vítima, foi quem achou o corpo da idosa. Fabíola disse que a tia morava sozinha, mas que sempre mantinha contato com os familiares, porém, no dia de hoje, eles estranharam o sumiço da mesma.
“Ela não tinha filhos, marido e morava só. Mas, meus pais residem aqui do lado. Inclusive, era ela quem cuidava e sustentava eles e às vezes cuidava dos meus filhos pra mim. Nos preocupamos quando ela não apareceu. Então, vim verificar se tinha ficado um sapato do meu filho por aqui. Encontrei o portão entre aberto, chamei e ela não respondeu. Foi quando entrei e ao chegar na parte de trás da casa, a grade estava arrombada, e na sala os pertences todos revirados. Me desesperei. Fui em direção ao quarto e a encontrei sem roupas, de bruços e cheia de sangue, sangue até mesmo nas partes íntimas”, detalhou a advogada.
Segundo informações, a idosa foi vista em via, pela última vez, por volta das 18h de ontem (19). Um morador das proximidades contou que no início da manhã, quando estava saindo de casa, viu o portão semi aberto, mas acreditou que a professora estava por perto, na padaria.
O 6° Batalhão da Polícia Militar (PM) foi acionado e isolou a área até a chegada da perícia e dos investigadores da Delegacia Especializada em Crime Contra a Mulher (DECCM).
Há suspeita que a idosa tenha sofrido violência sexual. Peritos da Politec detectaram ferimentos no rosto da vítima, indicando que ela foi espancada. Odete também tinha um golpe de faca no pescoço. Ela foi enrolada em um tapete.
Uma das linhas de investigação a serem seguidas pela Polícia Civil (PC), é de latrocínio (roubo seguido de morte), pois o telefone celular, a bolsa, cartoes bancários e os documentos pessoais da professora não foram encontrados no local.
Odete Penafort nasceu em um lar cristão. A idosa sempre teve muita atuação na igreja Assembleia de Deus do Avivamento. Ela trabalhou como tesoureira, secretária, foi professora da Escola Bíblica Dominical (EBD) e participou do coral, além de ter dado aula na Escola Estadual Barão do Rio Branco. Atualmente ela estava como secretária na Faculdade Fathec.
