Um detento do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), que cumpria pena em regime domiciliar, foi morto com mais de dez tiros. O fato ocorreu na manhã desta quinta-feira (24), em uma área de pontes da avenida Piauí, no bairro Pacoval, zona leste de Macapá.
Felipe Ferreira Ribeiro, de 32 anos, foi surpreendido por quatro homens encapuzados, quando saía de sua residência para trabalhar.
Segundo informações, o mesmo estava próximo a entrada da ponte, aguardando um carro de aplicativo, quando os assassinos aparecem e começaram a disparar. Felipe correu por vários metros e conseguiu entrar de volta em sua casa, mas foi perseguido por seus algozes e alcançado. Cercado na porta dos fundos, que estava fechada, ele foi atirado e, mesmo ferido, conseguiu pular no lago, de onde foi retirado por moradores. Porém, de acordo com relatos, os assassinos surgiram novamente, obrigaram as pessoas a se retirarem e finalizaram a execução, depois fugiram.
A Polícia Militar (PM) foi chamada e fez buscas pelos suspeitos, mas não obtive êxito na captura. O detento morreu antes de receber o atendimento médico do Samu.
Com o óbito confirmado, agentes da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe) compareceram na cena do crime. Mas, por se tratar de uma região dominada por uma organização criminosa, pouco conseguiram coletar sobre o ocorrido. Os moradores temem sofrer represália e, por isso, não quiseram contribuir com o trabalho da polícia.
“Fizemos o levantamento e essa vítima tinha uma vasta ficha criminal, cumpriu dez anos de pena por tráfico de drogas, respondeu por roubo, inclusive, homicídio, era integrante de uma facção criminosa e, acreditamos que a motivação para mais esse crime, seja essa guerra que está acontecendo. As poucos informações que conseguimos coletar, é que ontem um grupo de indivíduos efetuou vários disparos nesse local e hoje, provavelmente, voltaram para concretizar o serviço”, destacou o delegado Ederson Martel.
Felipe, que era conhecido como “Mente” ou “D2”, foi atingido com mais de doze tiros, conforme a perícia preliminar feita pela Polícia Científica do Amapá (PCA).
O delegado disse que as pessoas podem ajudar fazendo denúncias por meio do disque denúncia (96) 99170-4302.
