O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou na noite desta quinta (25), que a Petrobras reapresentou ao Ibama o pedido de licenciamento para exploração de petróleo na margem equatorial, mais precisamente no que a estatal passa a chamar de Amapá Águas Profundas.
Conforme acordado na reunião de terça-feira (23) sobre questões ambientais relativas à Margem Equatorial, a Petrobras reapresentou hoje (25) um pedido de retomada do processo de licenciamento da perfuração do poço Morpho 1-APS-57 no setor Amapá Águas Profundas da bacia sedimentar marítima denominada “Foz do Amazonas”, declarou Prates.
Ainda segundo Prates este processo foi conduzido com a máxima diligência pelas equipes de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Petrobras, que trabalha desde – quando assumiu a concessão da ANP para executar todas as etapas do Programa Exploratório da concessão federal do bloco FZA-M-59.
Muitos questionam porque a Petrobras estaria “insistindo” em obter licença para perfurar ali. E alguns mal-entendidos técnicos e argumentos distorcidos merecem esclarecimento, a esta altura. A começar pelo nome “Foz do Amazonas”, que só é assim em virtude do Mapa das Bacias Sedimentares Brasileiras (abaixo), e abrange uma área bem mais ampla do nosso Mar Territorial e Plataforma Continental, da mesma forma que a bacia terrestre do Paraná extrapola os limites do estado de mesmo nome.
“A Petrobras ingressou numa concessão federal para realizar atividades de prospeção de hidrocarbonetos (pesquisar petróleo, novas reservas) e passou então a buscar obter o licenciamento das atividades pertinentes, entre elas a perfuração de um “poço pioneiro” (o poço inaugural para se checar se há possibilidade de ocorrência de petróleo ou gás num determinado setor de uma bacia). Foi para isso que contratou uma Sonda de Perfuração Maritima – que foi posicionada no ponto da perfuração em aguardo ao processo de licenciamento”, completou Prates.