Uma ação integrada entre as Delegacias Especializadas em Crimes Contra a Mulher e Patrimônio (DECCM e DECCP), e a Coordenadoria de Inteligência e Operações (Ciop) da Sejusp, conseguiu chegar ao paradeiro do principal acusado de ter assassinado a professora aposentada Odete Chagas Penafort, de 75 anos, morta na última quinta-feira (20), na casa onde morava, na avenida Ana Nery, no bairro Laguinho.
Alexandre Matheus Macena das Neves, de 24 anos de idade, conhecido como “Neguinho”, foi preso na tarde deste domingo (23), em via pública, no cruzamento da rua Jovino de Noá com a Avenida Procópio Rola, região central de Macapá.
Desde o dia do fato, uma força tarefa, que contou com o apoio da Coordenadoria Especial de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Ceccor), foi montada para investigar, elucidar o caso e prender o autor do crime. O trabalho de investigação teve o auxílio dos vizinhos da vítima, que cederam imagens das câmeras de segurança. As gravações foram de fundamental importância para se chegar à identidade do suspeito. Com os vídeos em mãos, o agentes intensificaram as diligências e fizeram a captura do criminoso.
Após a prisão, Neguinho confessou o crime e levou os policiais até o local onde jogou a arma do crime, um lago atrás da residência da vítima. Depois de horas de buscas, a faca tipo peixeira foi encontrada.
Questionando sobre o ato, o mesmo revelou que prestava serviços para a vítima e era alimentado por ela. Ele disse ainda, que entrou na casa para roubar, mas que acabou estuprando a idosa. Depois, chegou a estrangulá-la com a própria calcinha, fugindo em seguida, levando o telefone celular e outros objetos da aposentada.
O criminoso foi levado para a DECCP, situada no Ciosp do Pacoval, onde está sendo ouvido. Ele será autuado em flagrante pelo crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
Relembre o caso
A professora Odete Penafort morava sozinha e foi achada morta pela sobrinha. A mulher encontrou o portão entre aberto, e a grade da porta de trás da casa arrombada. Os pertences da idosa estavam revirados e o corpo de bruços, enrolado em um tapete, em meio a uma poça de sangue, inclusive nas partes íntimas, dando indicativo que a mesma sofreu violência sexual. Ela também tinha ferimentos no rosto e cinco perfurações no pescoço.
Odete tinha sido vista pela última vez, por volta das 18h de quarta-feira (19). Um morador das proximidades contou que no início da manhã, quando estava saindo de casa, viu o portão semi aberto, mas acreditou que a professora estava por perto, na padaria.
Odete Penafort nasceu em um lar cristão. A idosa sempre teve muita atuação na igreja Assembleia de Deus do Avivamento. Ela trabalhou como tesoureira, secretária, foi professora da Escola Bíblica Dominical (EBD) e participou do coral, além de ter dado aula na Escola Estadual Barão do Rio Branco. Atualmente ela estava como secretária na Faculdade Fatchec.