Mais de 20 veículos foram liberados através de propina
Uma funcionária da empresa que gerencia o local onde são guardados veículos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), está sendo investigada pela Polícia Federal (PF). Conforme os levantamentos policiais, ela é acusada de liberar ilegalmente os automóveis aos proprietários e se apropriar dos valores destinados ao pagamento das multas e impostos.
Em uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (7), os agentes federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão nos bairros Novo Buritizal, na zona sul, e Cabralzinho, na zona oeste de Macapá.
A ação denominada Pretium, que no latim significa preço, apura crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.
As investigações iniciaram quando a polícia recebeu denúncias de que a mulher estaria cobrando propina para a liberação de veículos. Todavia, quando os mesmos eram abordados novamente nas barreiras, detectava-se que o referido deveria estar recolhido.
A PF identificou que as quantias recebidas indevidamente pela investigada, eram repassadas a um parente da mesma e para outro funcionário da empresa, além de um terceiro. No total, mais de 20 veículos foram liberados mediante pagamento desses possíveis participantes do esquema.
Entenda o esquema:
A fraude funcionava da seguinte forma: veículos eram legalmente apreendidos pela PRF e encaminhados para o pátio, administrado pela empresa. Para liberação destes, era necessário que os proprietários pagassem todos os débitos existentes, como IPVA, multas, licenciamento, custo com a remoção do veículo, a diária do pátio e aguardassem a emissão de um termo de liberação emitido pela PRF. Mas, quando os proprietários se dirigiam até o pátio da empresa, eram recebidos pela investigada, que cobrava uma “taxa” para liberação do veículo naquele momento. A investigada informava que o valor era referente à “entrada” e o restante do débito seria enviado posteriormente para ser pago por meio de boleto.