
Na manhã desta quarta-feira (20) a Delegacia Homicídios cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, sendo três em residências no bairro Congós, na zona sul de Macapá, e um no interior do Instituto de Administração Penitenciária do Estado (Iapen).
O delegado Leonardo Alves, que coordenou as ações, disse as investigações são a cerca do assassinato de Nildo da Costa Moreira, de 52 anos de idade, presidente da Associação Desportiva Recreativa do bairro e administrador de projetos sociais em prol de crianças e adolescentes da região, que aconteceu no dia 29 de janeiro deste ano.
Ainda segundo a autoridade policial, após tomar ciência do crime, os agentes da Decipe foram a campo para reunir o maior número de elementos e informações possíveis para a elucidação do caso.
“Em poucos dias conseguimos avançar nas diligências e levantamentos, e representar ao Judiciário, pedindo a expedição de ordens para busca e apreensão em desfavor dos suspeitos identificados”, revelou Alves.
No cumprimento das ordens judiciais, vários aparelhos celulares e munições foram localizadas e apreendidas, nas celas do Iapen houve as buscas. “Inclusive, um estojo do mesmo calibre usado no assassinato de Nildo”, detalhou o delegado.
Para a polícia, a ordem para matar o líder comunitário partiu do crime organizado. Nildo costumava denunciar o intenso tráfico de drogas que ocorrem no bairro. “Foi possível realizar o interrogatório de dois suspeitos, que colaboraram com as investigações e o caso está próximo de um desfecho definitivo com a sua elucidação total” destacou o delegado.
O inquérito policial e a investigação seguem em andamento, sendo que os acusados podem pegar uma pena que pode chegar a 30 anos de reclusão. Nildo Moreira foi morto a tiros, em uma arena de futebol localizada no cruzamento da Rua Claudomiro de Moraes com a Avenida Cabo Velho. Ele estava às margens do campo onde acontecia uma partida de futebol, quando dois criminosos em uma motocicleta, chegaram e efetuaram os disparos.

A vítima foi atingida com, pelo menos, quatro tiros e chegou a ser socorrida para o Hospital de Emergências (HE), mas não resistiu.
Nildo mantinha um projeto social que atendia crianças e adolescentes carentes, com idades de 10 a 15 anos. Ele também foi o responsável pela criação de uma biblioteca comunitária, com mais de 1,8 mil livros, construída em 2021, em baixo de uma arquibancada.