Na manhã desta segunda-feira, 26, a Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá (FTSP) deflagrou a Operação One Hundred e deu cumprimento a quinze mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Macapá.
As ordens judiciais foram cumpridas nos bairros Infraero l, ll e Açaí, na zona norte; Universidade, zona sul; Vila Nova e Residencial Fé em Deus.
A ação, segundo informações, é um desdobramento da Operação Caixinha, que aconteceu no dia 10 de março e investigou um esquema em que administradores de uma facção criminosa atuante no estado estariam cobrando taxas de manutenção mensal, conhecidas como “Caixinha”, para que os faccionados tivessem alguns direitos perante às lideranças, tais como a participação nos grupos de bate-papo das redes sociais e o direito à praticarem o tráfico de drogas em determinados locais.
Os levantamentos policiais identificaram, ainda, que os membros deste grupo criminoso realizavam a trocas de entorpecentes, objetos ilícitos, produtos de furtos e roubos. Foi verificado também que os integrantes discutiam o domínio de áreas para o tráfico, a existência de um “tribunal do crime”, com o planejamento de execuções de indivíduos que violam regras da associação criminosa ou que criassem animosidade com seus membros, além de informarem a movimentação policial nas áreas dominadas pela facção.
A Força Tarefa identificou indivíduos que fomentam e gerenciam a guerras de facções que vem dando ordens para executar rivais que adentrem no território domininado por estes.
Os investigados são possíveis lideranças, sub lideranças e membros de facção, sendo que alguns já responderam por crimes quando menores de idade.
Com a atual investigação, os suspeitos podem responder pelos crimes de tráfico de drogas, integrar organização criminosa, furto, roubo e homicídio. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena entre 20 a 57 anos de reclusão, mais o pagamento de multa.
Fazem parte da Força Tarefa de Segurança Pública a PF, PRF, PM, PC, Iapen e Sejusp. A ação de hoje contou ainda com o apoio do Gaeco do Ministério Público, 2º, 6º Batalhão e o Canil do Bope, da Polícia Militar, além da Core da Polícia Civil (PC).