Andreia de Souza dos Santos, de 39 anos, foi executada dentro de sua residência, localizada em uma área alagada da rua Emílio Médici, no bairro São Lázaro – Zona Norte de Macapá.
O fato aconteceu por volta de 21h deste domingo (4). A vítima foi surpreendida enquanto estava deitava em um sofá.
Militares do 2° batalhão foram acionados por vizinhos que disseram ter ouvido os disparos. Porém, com a chegada da polícia no local, ninguém quis colaborar com informações.
A delegada Ana Maria Rabelo, plantonista da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), compareceu na cena do crime, mas teve dificuldades em coletar pistas para ajudar na elucidação do caso. Ela disse que inicialmente duas linhas de investigação serão seguidas.
“Até o momento nós pudemos definir como ocorreu, de que forma ocorreu, qual a motivação. Entretanto, temos algumas linhas de investigação que já estão sendo traçadas. Entre elas seria a ligação da vítima com o tráfico de drogas, mas até o momento não temos nenhum prova concreta. A outra situação é que ela estava em uma luta judicial com a ex-companheira que, atualmente, está cumprindo pena no Iapen e essa ex-companheira já teria ameaçado ela de morte, caso ela ganhasse a causa na justiça, que é a disputa por um terreno. Então, trabalhamos com essas duas hipóteses. Claro que, poderemos adicionar outras de acordo com os acontecimentos, caso haja indícios”, revelou a delegada.
Testemunhas já começaram a ser ouvidas. Agora, a Polícia Civil (PC) quer saber onde foi parar a enteada de Andreia que estava na casa no momento do fato. A jovem, que aparenta ter cerca de 20 anos de disse, não foi encontrada.
“Tentamos contactá-la de todas as formas, mas ela não foi localizada. A irmã da vítima esteve na unidade, mas não sabe o nome dessa pessoa, não sabe o número de telefone dela. Ago bem difícil. Tentamos colher algumas informações com os vizinhos, contudo, esses se limitam apenas em dizer que ouviram quatro disparos, mas que não viram ninguém. Alegaram que já estavam recolhidos e após os tiros encontraram a vítima morta, mas que não viram nenhuma movimentação”, disse Ana Maria.
Chamou a atenção das autoridades o fato da porta da casa da vítima não apresentar sinais de arrombamento. Andreia tinha passagens por tráfico de drogas e estava respondendo em regime aberto domiciliar.
“No local tem um pequeno comércio, com venda de itens de primeiras necessidades. Tudo indica que a porta da casa, que é a mesma do estabelecimento, fique aberta. E essa porta dá de frente para o sofá onde a vítima estava deitada, numa posição de dormir. Acreditamos que essa porta costumava ficar aberta”, finalizou a delegada.
A PM fez incursões, porém, não conseguiu chegar à autoria do crime. Andreia foi atingida quatro vezes. Dois tiros acertaram a cabeça dela, um a clavícula e outro a mão, de raspão. A Politec fez a perícia e remoção do corpo.