Em coletiva de imprensa realizada no enceramento da cúpula do G7 no Japão, neste domingo (21), o presidente Lula fez declarações que animaram aqueles que ainda acreditam na exploração de petróleo na margem equatorial mesmo diante da negativa da licença por parte do Ibama.
“Se explorar esse petróleo [da foz do Amazonas] tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado, mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros da Amazônia”, disse Lula em Hiroshima.
Pelo twitter, Lula fez nova declaração “Na Amazônia moram 28 milhões de pessoas. E essas pessoas têm o direito de trabalhar, comer. Por isso, precisamos ter o direito de explorar a diversidade da Amazônia, para gerar empregos limpos, para que a Amazônia e a humanidade possam sobreviver”.
A classe política reagiu fortemente à decisão do Ibama que negou a licença para a perfuração do poço teste. Davi Alcolumbre (UB/AP) declarou que “usará de todas as suas forças” para reverter a decisão. Ainda na coletiva no Japão, Lula disse que iria “cuidar” do assunto ainda neste terça-feira (23) assim que chegar ao Brasil.
A chamada bacia da Foz do Amazonas é considerado o “novo pré-sal” com reservas estimadas em 30 bilhões de barris de petroléo. Países vizinhos como Guiana e Suriname já exploram combustíveis fósseis na região.
