A menina tem 13 anos. Acusado confessou as agressões.
Um caso que aconteceu no município de Pedra Branca do Amapari, que fica 187 quilômetros da capital Macapá, chamou a atenção da polícia.
Um conselheiro tutelar e pastor de uma igreja evangélica daquela cidade, figura que deveria proteger e cuidar dos direitos e integridade física de crianças e adolescentes, foi indiciado sob acusação de torturar a própria filha, uma menina de 13 anos de idade.
De acordo com o delegado Antério Almeida, titular da Delegacia de Polícia do município, contou que o crime aconteceu no final do mês de agosto do ano passado, contudo, a Polícia Civil (PC) só tomou conhecimento dos fatos três meses depois, pois a vítima e sua genitora temiam que o agressor fizesse algo pior, já que o mesmo tem histórico de ser uma pessoa violenta.
“Durante as investigações, foi constatado que no dia dos fatos, a adolescente estava em sua residência brincando com alguns amigos e, em determinado momento, o indiciado chegou ao local e, motivado por uma crise de ciúmes, solicitou que todos saíssem da casa, com exceção da sua filha. Em seguida, pediu que a menor tirasse a roupa e ficasse de joelhos no chão e, com galhos de uma árvore, começou a torturá-la, dizendo a todo momento que tinha sangue de matador. Após tomarmos conhecimento do crime, instauramos inquérito policial e ouvimos os envolvidos. O conselheiro tutelar, que também é pastor em uma igreja do município, confessou a autoria do crime. Concluímos o inquérito policial indiciando o autor como incurso no crime de tortura, com um aumento de pena pelo fato da vítima ser uma adolescente”, explicou Almeida.
O caso foi encaminhado à Justiça.