No Amapá, falso veterinário é indiciado pela Polícia

Um homem de identidade e idade não reveladas foi indiciado nesta segunda-feira (10), pela Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA). Ele é acusado dos crimes de maus-tratos a animais e por exercer profissão sem preencher condições que por lei está subordinado o seu exercício.

De acordo com a delegada Lívia Pontes, que conduziu as investigações, o indiciado prestou atendimento médico-veterinário, sem formação acadêmica e, em razão de alguns procedimentos realizados, os animais foram vítimas de maus-tratos, uma vez que sofreram lesões.

“O indiciado é um falso veterinário. Uma das testemunhas, que possui vários animais, disse que o mesmo realizou diversos atendimentos na residência dela, tendo, inclusive, realizado cirurgias no local, sendo, a maioria, de castração. Ela relatou, ainda, que um de seus animais foi operado pelo falso veterinário e veio a ter complicações após a cirurgia, motivo pelo qual optou por buscar uma clínica veterinária, uma vez que não confiava mais nos serviços dele, o qual utilizou linha de pesca para costurar o felino.

Uma outra testemunha declarou que a sua cadela estava apresentando sangramento na urina e entrou em contato com o indiciado, o qual fazia atendimento em domicílio. Após uma avaliação superficial, o falso veterinário disse que a cadela precisaria fazer uma cirurgia, uma vez que, de acordo com o diagnóstico feito por ele, era necessário retirar o útero dela. Pela manhã, a cadela foi levada para realizar o procedimento e devolvida ao anoitecer. Após a cirurgia, a cadela continuou com sangramento na urina, além de ter enjôos constantes. Como o quadro de saúde da cadela evoluiu, a testemunha buscou o auxílio de outro profissional, momento em que descobriu que o indiciado sequer era veterinário”, explicou a autoridade policial.

Segundo informações, durante o interrogatório, o falso veterinário confessou parcialmente os fatos. Ele disse que é auxiliar veterinário, porém, eventualmente, faz procedimentos cirúrgicos mesmo sem habilitação técnica para tanto.

O inquérito policial foi concluído e encaminhado à Justiça.

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