Envolvido no latrocínio do velejador Peter Blake é um dos presos na Operação Nereus

Operação investiga “ratos d´água” que atuam na Foz do Rio Amazonas

Um dos alvos da Operação Nereus, da Força Tarefa e Segurança Pública (FTSP), deflagrada na manhã desta sexta-feira (5) em Macapá, foi Isael Pantoja da Costa, condenado a mais de três décadas pelo latrocínio – roubo seguido de morte – do velejador neozelandês Peter Blake, ocorrido em 2001, em frente a Praia de Fazendinha, zona sul de Macapá.

Operação Nereus

As diligências da Força Tarefa e Segurança Pública, resultaram em cinco prisões preventivas efetivadas e três flagrantes, sendo dois por receptação de tinta naval e um por porte porte ilegal de arma.

Isael foi sentenciado a 35 anos de reclusão e atualmente cumpria pena em regime aberto domiciliar. Durante as buscas na casa dele, localizada na cidade de Santana, os agentes da FTSP encontraram armas de fogo e munições. Por este motivo, o criminoso também foi autuado em flagrante.

Os envolvidos na morte do velejador em 2001. Isael (ao centro) camisa preta

A morte do esportista, considerado o maior velejador do mundo e bicampeão da America’s Cup, teve repercussão internacional. Peter Blake, foi assassinado no dia 5 de dezembro, dentro do seu veleiro Seamaster, que estava fundeado na praia.

Na época, os acusados disseram que não sabiam quem estaria a bordo da embarcação. Os seis ladrões chegaram em um pequeno barco motorizado. Três deles, armados, invadiram o veleiro e anunciaram o roubo. Depois que os “raros d’água” recolherem dinheiro e objetos pessoais dos oito estrangeiros e do brasileiro que estavam no Seamaster, a tripulação resolveu reagir ao assalto.

Blake, que levava um fuzil no veleiro, teria confrontado e entrado em uma troca de tiros com os bandidos. O velejador, que tinha 53 anos, foi morto durante o tiroteio. Isael Pantoja teve um dedo decepado por uma bala.

Os assaltantes conseguiram fugir no barco da vítima. O laudo da perícia indicou que o Peter Blacker morreu por hemorragia interna provocada por dois tiros nas costas. Um deles atravessou o corpo e o outro ficou retido.

Quatro dias depois, no dia 8 de dezembro, o bando foi preso e com ele foi apreendido R$ 1.500 mil, um estojo de CDs, um fuzil, uma máquina fotográfica e um relógio, doado pela Rainha Elizabeth ao velejador, que teriam sido roubados da tripulação.

Isael e outros seis criminosos foram condenados. As somas das penas totalizaram mais de 190 anos de reclusão.

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