Willian Gomes Araújo, de 27 anos, morreu na noite desta quarta-feira (31), depois de ter resistido à prisão e atirado contra uma equipe do Tático Operacional Rodoviário (TOR) do BPRE.
A intervenção aconteceu na avenida Rio Branco, no bairro Paraíso, em Santana.
Segundo informações, o Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual foi acionado por investigadores da 2° Delegacia de Polícia, para dar apoio ao cumprimento de mandado de prisão que havia contra Willian, tido como um elemento de alta periculosidade, condenando a onze anos de reclusão.
A PC havia tomado conhecimento, através de denúncia, que para intimidar e amedrontar moradores da região, o criminoso estava exibindo arma de fogo no local, que é considerado zona vermelha pela polícia – área dominada por uma organização criminosa, onde a incidência de crimes é elevada.
Os militares fizeram o cerco na casa onde o bandido estaria, conforme o denunciante, e de imediato avistaram Willian com a arma em punho, fugindo pela lateral do imóvel, que fica em uma área alagada.
Na tentativa de impedir que os agentes perseguissem e prendessem o infrator, familiares de Willian soltaram dois cachorros da raça Pit Bull em cima da guarnição. Os animais foram repelidos pela equipe, que continuou correndo para alcançar o bandido. Porém, ao se aproximarem do elemento, o mesmo apontou o revólver calibre 38 que usava e disparou contra os PMs.
Sem alternativa, os policiais trocaram tiros e Willian levou a pior. O Corpo de Bombeiros ainda chegou a fazer os primeiros socorros, mas o criminoso não resistiu.
Willian era detentor de uma extensa ficha criminal. Ele respondia a pelo menos seis tentativas de homicídios. Ultimamente estava cumprindo pena em regime aberto domiciliar.
Em seu curriculum constava crimes como tráfico de drogas, estelionato, roubo qualificado e porte ilegal de arma, além de integrar organização criminosa.
O capitão Alan Miranda, comandante do TOR, contou que Willian era quem liderava o crime organizado naquela região. Ele também era responsável pelas armas da facção aonqual pertencia.
“Esse indivíduo era o que chamamos de ‘armeiro’. Era ele quem alugava os armamentos para os cometimentos de crimes. Muito conhecido nessa área. Chegava nos estabelecimentos comerciais, pegava o que queria e não pagava, pois a população tinha medo dele, porque sabia do que ele era capaz. Aqui é uma zona vermelha, inclusive, dominada por esse infrator”, detalhou o oficial.
O armamento do bandido foi apresentado na delegacia, tão logo a Polícia-Cientifica finalizou os trabalhos de perícia e remoção do corpo.