A Guarda Civil Municipal (GCM) de Laranjal do Jari passa a ser a primeira corporação municipal do Amapá a usar armar de fogo. Um termo de corporação entre a instituição e a Polícia Federal (PF), que garante o porte de arma funcional aos integrantes da GCM, foi assinado na tarde desta segunda-feira, 8.
O Inspetor Rogério Lemos, comandante da Guarda Municipal de Laranjal do Jari, enfatizou que esse momento é histórico para o Estado e garantiu que isso irá fortalecer a segurança pública.
“Nossos guardas passaram pela capacitação e treinamento, por toda matriz curricular envolvendo a legislação, instrumento letais e não letais, exigidos pela Senasp. Ao termino do curso, estamos firmando o processo com essa assinatura”, destacou.
Inicialmente, 89 guardas estão sendo habilitados, mas existe uma turma com outros 37 guardas que irão concluir o curso nos próximos meses.
“É um total de 126 homens, mais da metade do nosso efetivo é de 162”, completou Lemos.
Para garantir o uso da arma de fogo durante o serviço, os guardas passaram pela capacitação e tiveram que ser aprovados pela triagem da PF.
“Ao longo dos anos a gente vem se capacitando. Nosso primeiro estágio com armamento foi com o não letal. Utilizamos esse mecanismo há cinco anos e até agora não houve nenhum sinistro. Então, tenho certeza que continuaremos trabalhando de forma consciente quanto ao uso desse novo instrumento”, finalizou o comandante.
A próxima etapa é a publicação do termo no Diário Oficial do Município e da União. Depois será feita a remessa individual de cada servidor para, aí sim, ser gerado o porte de arma aos guardas.
“Sabemos que é uma responsabilidade muito grande, seguir com a linha de qualificação da GCM, armá-la, para que junto com as outras forças possa ajudar, de maneira mais eficaz, a segurança pública do nosso Estado”, ponderou o Prefeito de Laranjal do Jari, Márcio Serrão, enfatizando, ainda, que este é um momento ímpar e que deverá abrir precedentes para que os outros municípios aprimorem cada vez as condições de suas Guardas.
O delegado Rafael Medeiros, que coordenou todo o tramite que se estendeu por mais há mais de um ano, assegurou que os agentes decorreram a capacitação técnica, o treinamento necessário e apresentaram a documentação exigida.
“Tudo foi avaliado com muita cautela e rigor, até a concessão do porte de arma que acaba de ser consolidada”, afirmou.
Medeiros explicou que com a publicação na Imprensa Oficial e a expedição dos portes de armas, o próximo passo será a emissão da identidade funcional do servidor.
“Mas isso só ocorrerá após a análise das documentações que serão apresentadas, individualmente, por cada guarda”.
De acordo com o delegado, a Guarda Civil de Macapá já está em tratativa e participando do processo de habilitação. A corporação municipal do Estado deve ser a próxima a ser armar.
“Ressaltou que existe algumas limitações para o porte da arma funcional. Ou seja, não está autorizado o uso de armas pessoais. Isso foi acordado e será fiscalizado, não só pela própria guarda como pela Polícia Federal”, concluiu.
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