
Por Jean Alex Nunes
Uma semana de guerra e caos. Assim foi resumida, por vereadores, a semana legislativa encerrada na última quinta-feira (18). Abertura de CPI, instalação de comissão processante, acusações de assédio moral e todo tipo de artilharia típica do submundo político marcaram o período.
Por diversas vezes, o presidente da Casa, vereador Pedro DaLua, usou a tribuna para desafiar colegas. Em certo momento, chegou a se comparar ao ex-deputado federal Eduardo Cunha, afirmando que “morreu, mas morreu atirando; caiu, mas levou junto a Dilma”. Até mesmo uma prestação de contas transmitida ao vivo ocorreu no plenário em sessão extraordinária. Para alguns parlamentares, essa foi mais uma estratégia de DaLua na guerra de bastidores que atingiu seu auge na última semana.
Entretanto, políticos mais experientes entraram em campo para tentar reduzir a tensão. Líderes partidários, ex-deputados e até mesmo um desembargador alertaram sobre a falta de oportunidade e propósito de uma guerra política dessa proporção. DaLua foi chamado às pressas a Brasília para uma conversa reservada com o senador Davi Alcolumbre. O recado foi direto: “oposição, sim; guerra, não”.
A nova semana começou mais tranquila, com a sessão de terça-feira (23). Os discursos inflamados cessaram e até mesmo um processo de cassação contra o prefeito foi arquivado. A condução política do vereador Alessandro Monteiro na comissão processante acendeu o sinal de alerta do atual presidente, que já articula antecipar as eleições da mesa diretora a fim de garantir mais dois anos no comando da Câmara.





